O organismo humano encontra-se colonizado por uma complexa diversidade de microrganismos que habitam as várias partes do corpo como pele, cabelo, cavidade oral, vias aéreas, trato gastrointestinal e trato urogenital. No homem, o conjunto destes microrganismos, que incluem as bactérias, fungos, vírus e protozoários denomina- se microbioma humano. O microbioma humano varia muito nas mais diversas regiões do nosso corpo, dependendo de condições ambientais.
Estima-se que o corpo humano contenha cerca de 10 trilhões de células e que seja portador de aproximadamente 100 trilhões de bactérias, fungos e vírus (Jenkinson e Lamont, 2005). Diferentes pessoas abrigam diferentes coleções de microrganismos, quase como uma impressão digital.

O reconhecimento científico da importância do microbioma para a saúde humana iniciou-se com os estudos de Louis Pasteur que afirmou, em 1877, que “os microrganismos são necessários para uma vida humana normal”.

O microbioma é de vital importância para a saúde humana, e o seu estudo conduz a um melhor conhecimento da sua complexa dinâmica, podendo resultar no desenvolvimento de novas formas de diagnóstico e até mesmo de tratamento de certas patologias.


O trato gastrointestinal, mais precisamente o intestino, é o local do corpo humano que abriga o maior número e diversidade de microrganismos e que exercem uma maior influência sobre os mecanismos homeostáticos humanos. Esta diversificada composição é chamada de microbiota intestinal.

Foco da maioria dos estudos sobre o microbioma humano na última década, a microbiota intestinal está inter-relacionada a quase todos os sistemas do corpo, como sistema digestório, imunológico, neurológico, cardiovascular e cutâneo. Dessa forma, a saúde intestinal está relacionada com uma série de fatores que impactam frequentemente em nosso dia-a-dia, como controle do peso, sono, apetite, concentração, humor, disposição, estresse e imunidade.

Alterações quantitativas e qualitativas da microbiota intestinal recebem o termo disbiose. Quando alterada, essa interação microbiana desequilibrada pode contribuir para tornar o organismo suscetível a doenças. Problemas intestinais relacionados a disbiose podem trazer consequências indesejadas para a saúde, como por exemplo, o aumento da permebilidade intestinal.
Indivíduos com disbiose e ou hiperpermeabilidade intestinal, além de possuírem uma má absorção de nutrientes, tendem a apresentar uma série de complicações em sua saúde.


A alta atividade metabólica e endócrina do trato gastrointestinal, além de seu papel nutricional, resulta em um importante impacto sobre a saúde e o bem-estar do indivíduo.

Um intestino saudável contém uma cultura equilibrada de microrganismos, cuja composição, quantidade e diversidade variam ao longo de todo o trato. Alterações na composição da microbiota normal, influenciadas pela dieta, doenças, estilo de vida, envelhecimento e uso de medicamentos – em especial antibióticos, podem contribuir e estão associadas ao desenvolvimento de diversos estados patológicos.

Atualmente há um interesse cada vez maior em melhorar o equilíbrio microbiano intestinal, através da utilização de microrganismos benéficos, para que se possa influenciar de forma positiva a saúde e o bem-estar do indivíduo.


Probióticos são microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem algum benefício para a saúde (FAO/WHO, 2002; HILL et al, 2014). Os microrganismos probióticos pertencem a diferentes gêneros e espécies, tanto de bactérias como leveduras e são uma ferramenta eficiente e segura para a manutenção do equilíbrio da microbiota e da saúde intestinal.

A influência positiva dos microrganismos benéficos sobre a microbiota está relacionada a multiplicação de bactérias benéficas e ao reforço dos mecanismos naturais de defesa.
Os microrganismos benéficos mais usados são bactérias produtoras de ácido láctico (BAL) como Lactobacillus e Bifidobacterium, mas leveduras, do gênero Saccharomyces, também são utilizadas.

Uma ampla série de estudos científicos mundiais demonstram os benefícios que a utilização de microrganismos probióticos específicos em concentrações adequadas é capaz de proporcionar para a saúde e bem-estar do indivíduo. Mas é importante notar que nem todos os probióticos são iguais. Eles podem variar em concentração, estabilidade e nos benefícios associados.


Paraprobióticos, também chamados de probióticos inativados, MAMPs ou probióticos fantasmas são definidos como células microbianas inativadas (não viáveis) ou frações celulares que, quando administradas (uso oral ou uso tópico) em quantidades adequadas conferem benefícios para a saúde do indivíduo (Taverni e Guglielme, 2011).


Fonte: Gabbia 

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